terça-feira, 24 de abril de 2018

Missa das Cinco Intenções


     As Conferências da Sociedade de São Vicente de Paulo devem promover todos os anos a Santa Missa das Cinco Intenções no aniversário da Conferência e/ou do Conselho.
       Isso consta da Regra da Sociedade (principal documento da SSVP) no artigo 68:
     “Os membros das Conferências devem participar, anualmente, da Celebração Eucarística denominada “Missa das Cinco Intenções”, de preferência na data do aniversário de criação (...)”.
     Em uma carta do dia 30 de abril de 1911, o confrade Paulo Calon, presidente internacional da SSVP na época, relata que a tradição de celebrar a Missa das Cinco Intenções remota ao ano de 1870. Tropas italianas ocuparam os Estados Pontifícios e proclamaram a Terceira República. Napoleão III (sobrinho e herdeiro de Napoleão Bonaparte, sendo o primeiro presidente francês eleito por voto direto) foi deposto, promovendo um estado de calamidade na França.
      Diante dos fatos, um francês que era presidente de uma Conferência obteve de seu bispo a autorização para promover a celebração diária da Santa Missa sucessivamente em cada Matriz da Santa Diocese, nas intenções da Igreja, do Soberano Pontífice, da França e da Sociedade de São Vicente de Paulo. Portanto, quatro intenções no início. O objetivo era alcançar de Deus uma solução para aquele conflito.
     Relata ainda o confrade Paulo Calon que quando a paz se instalou na Europa, a ideia da Santa Missa continuou sendo acatada pelo Conselho Geral Internacional da SSVP. Ficou decidido que cada conferência da França, assim como do estrangeiro, deveria promover a Santa Missa das Intenções pelo menos uma vez por ano.
     No Brasil, além de se rezar pela pátria local, a Santa Missa ganhou mais uma intenção, que foi a de relembrar os falecidos Vicentinos.
     Portanto essas são as cinco intenções:
     * pelos falecidos da SSVP.
     * pela Santa Igreja Católica.
     * pelo Santo Padre o Papa.
     * pela SSVP.
     * pelo Brasil.

     A Conferência Jesus Eucaristia, comemorando seus 19 anos de história, promoveu a Missa das Cinco Intenções no dia 24 de abril.
     A Santa Missa foi presidida por Dom Zanoni Demettino Castro, Arcebispo de Feira de Santana – Bahia, que estava visitando nossa comunidade, e foi concelebrada pelos padres Marcos Antônio de Santana e Glauberto Alves de Oliveira.
     Agradecemos a Dom Zanoni pelo carinho. Que Deus o abençoe e proteja.

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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dia de São Jorge - II


     Dia de São Jorge
     (Regina Rocha)

     Neste dia 23 de abril, Dom Edson celebrou em nossa Capela e, não bastasse a sua presença, ainda, na sua simplicidade habitual, nos presenteou com uma bonita homilia. Deu-nos um ânimo novo em relação à construção de nossa Igreja, futura Paróquia nas palavras dele, e também nos falou algumas curiosidades em relação à simbologia da imagem de São Jorge.
     Segundo ele, a devoção ao Santo no Brasil foi iniciada através de Dom João VI. Ele é padroeiro de Portugal e da Inglaterra. Em algumas regiões como na Bahia a imagem de São Jorge é em pé, do modo como luta um soldado romano. Mas São Jorge se colocava mesmo como um soldado Cristão; tanto que ele carrega numa das mãos um escudo com a cruz vermelha, das Cruzadas Cristãs.
     Também nos mostrou que, na imagem que nós conhecemos, o cavalo branco e o dragão são linguagem figurativa. O cavalo branco representa a pureza daqueles que têm uma fé verdadeira; o dragão representando o mal, as lutas, os empecilhos e dificuldades; o capacete é o espírito de justiça que deve reger os pensamentos do cristão verdadeiro; a espada é a fé com que devemos enfrentar e vencer os inimigos; e a armadura é a fortaleza com que devemos nos revestir para nos proteger dos pecados e dos ataques que vêm de fora. Com justiça e sabedoria, fé constante e fortaleza, o cristão estará pronto para vencer os empecilhos e conquistar a Salvação que vem de Deus.
     No seu livro 'Nossos Santos de cada dia', Dom Edson de Castro Homem procura revelar as trajetórias, milagres, curiosidades e detalhes de diversos Santos católicos, explicando por que cada um deles recebeu um dia específico para si. Este livro busca ajudar a entender quais milagres são atribuídos aos santos e o porquê de cada um deles receber tal incumbência.
     
     Na Igreja Jesus Eucaristia a Santa Missa em comemoração ao dia de São Jorge foi presidida por Dom Edson de Castro Homem e concelebrada por Pe. Wallace Pinheiro Neto.

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Dia de São Jorge - I


     São Jorge (nascido entre 275 e 280) foi, conforme a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana e no Luteranismo). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos Catorze santos auxiliares (um grupo de santos invocados pelos cristãos em casos de necessidade especial, geralmente para se curar de doenças particulares).
     Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
     São Jorge é o santo padroeiro em diversas partes do mundo tais como: (países) Inglaterra, Portugal (orago menor), Geórgia, Lituânia, Sérvia, Montenegro, Etiópia, e (cidades) Londres, Barcelona, Génova, Régio da Calábria, Ferrara, Friburgo em Brisgóvia, Moscovo/Moscou e Beirute.
     Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo.

     Em comemoração à data a Igreja Jesus Eucaristia celebrou Missa Campal na Rua São Brás, presidida por Mons. Gustavo José Cruz Auler.

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domingo, 1 de abril de 2018

Domingo de Páscoa




     A palavra Páscoa vem do hebraico “Pessach” e significa “passagem” e era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento.
     A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó, teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos.
     Há muita confusão sobre o que o Domingo de Páscoa significa. Para alguns, o Domingo de Páscoa é sobre o coelhinho da Páscoa, ovos de Páscoa coloridos e caça ao ovo. A maioria das pessoas compreende que o Domingo de Páscoa tem algo a ver com a ressurreição de Jesus, mas está confusa quanto à forma em que a ressurreição se relaciona com os ovos e o coelhinho.
     Biblicamente não há nenhuma conexão entre a ressurreição de Jesus Cristo e as tradições modernas relacionadas com o Domingo de Páscoa. Essencialmente, o que ocorreu é que, a fim de tornar o cristianismo mais atraente para os não-cristãos, a antiga Igreja Católica Romana misturou a celebração da ressurreição de Jesus com as celebrações dos rituais da fertilidade que ocorriam na primavera. Estes rituais de fertilidade são a origem do ovo e das tradições do coelho.
     Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte, consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído.
     Páscoa é vitória, é o homem chamado à sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz? Pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade?
     Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno do ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana desrespeitada.
     A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la de todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição? A proclamo? Creio em minha vocação e vivo a missão cristã?
     O pontificado de Papa Francisco marca uma “Igreja em saída”:
     “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que, muitas vezes, disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada, por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”. (Evangelii Gaudium 49)

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