domingo, 1 de abril de 2018

Domingo de Páscoa




     A palavra Páscoa vem do hebraico “Pessach” e significa “passagem” e era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento.
     A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó, teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos.
     Há muita confusão sobre o que o Domingo de Páscoa significa. Para alguns, o Domingo de Páscoa é sobre o coelhinho da Páscoa, ovos de Páscoa coloridos e caça ao ovo. A maioria das pessoas compreende que o Domingo de Páscoa tem algo a ver com a ressurreição de Jesus, mas está confusa quanto à forma em que a ressurreição se relaciona com os ovos e o coelhinho.
     Biblicamente não há nenhuma conexão entre a ressurreição de Jesus Cristo e as tradições modernas relacionadas com o Domingo de Páscoa. Essencialmente, o que ocorreu é que, a fim de tornar o cristianismo mais atraente para os não-cristãos, a antiga Igreja Católica Romana misturou a celebração da ressurreição de Jesus com as celebrações dos rituais da fertilidade que ocorriam na primavera. Estes rituais de fertilidade são a origem do ovo e das tradições do coelho.
     Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte, consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído.
     Páscoa é vitória, é o homem chamado à sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz? Pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade?
     Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno do ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana desrespeitada.
     A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la de todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição? A proclamo? Creio em minha vocação e vivo a missão cristã?
     O pontificado de Papa Francisco marca uma “Igreja em saída”:
     “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que, muitas vezes, disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada, por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”. (Evangelii Gaudium 49)

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