Vigília de Pentecostes
Pentecostes era uma das grandes festas judaicas em que
muitos israelitas peregrinavam a caminho da Cidade Santa para adorarem a Deus
no Templo. A princípio, celebrava o fim do tempo das colheitas, com cerimônias
de ação de graças e oferecimento das primícias; posteriormente, acrescentou-se
a recordação da promulgação da Lei, dada a Moisés no Sinai. Comemorava-se
cinquenta dias (sete semanas) após a Páscoa. Hoje em dia comemoramos a descida
do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo, com a manifestação
pública da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade.
Muito embora tenha sido a última pessoa a ser revelada, atua na história da
humanidade desde o princípio. O Espírito Santo é consubstancial ao Pai e ao
Filho e dEles procede. O conhecimento do Filho só é possível pela ação do
Espírito Santo, através da Sua Graça (§684 CIC).
A palavra "Ruah" em hebraico quer dizer sopro,
vento, espírito, alento, hálito divino, sopro de vida. Com este sopro, Deus deu
a vida ao primeiro homem, feito à sua imagem e semelhança.
Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o
denomina o “Paráclito”, literalmente: aquele que é chamado para perto de,
“advocatus”. “Paráclito” é habitualmente traduzido por “Consolador”, sendo
Jesus o primeiro consolador. (§692 CIC).
Foi por sua inspiração que falaram os Profetas.
“Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos juntos
num mesmo lugar. E sobreveio de repente um ruído do céu, como de um vento
impetuoso, que encheu toda a casa em que se encontravam. O Espírito Santo
manifestou-se por meio dos elementos que costumavam acompanhar a presença de
Deus no Antigo Testamento: o vento e o fogo – Voltamos a encontrar os elementos
do vento e do fogo no Pentecostes do Novo Testamento, mas sem ressonâncias de
medo. Em particular, o fogo adquire a forma de línguas que se pousam sobre cada
um dos discípulos, que ‘ficaram todos cheios de Espírito Santo’ e, em virtude
de tal efusão, ‘começaram a falar outras línguas’ (Act 2, 4).” (SS Bento XVI,
Hom. Pentecostes, 11-V-2008).
O fogo do Espírito, recebido pelos discípulos, vem da mesma
fonte, repartindo-se sobre as cabeças; ilumina a inteligência, fazendo com que
compreendam os ensinamentos de Jesus; inflama os corações de amor e coragem,
fazendo com que preguem com valentia; purifica as almas do pecado.
Nesta noite de sábado, dia 04/06, a Vigília teve início às
18h com a Santa Missa de Vigília de Pentecostes, que foi presidida por Mons.
Gustavo José Cruz Auler, auxiliado pelo Diác. Hélio Pereira Machado Júnior.
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