sábado, 13 de maio de 2023

Festividade de Nossa Senhora de Fátima



História das Aparições em Fátima

A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, conselho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria - Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e seus primos Francisco, de 9 anos, e Jacinta Marto, de 7 anos.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma “Senhora mais brilhante que o sol”, de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Conselho, para Vila Nova de Ourém, para que não pudessem honrar o seu compromisso.

Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.

Coroação de Nossa Senhora

A cena é o último episódio na vida da Virgem Maria, sendo a sequência da Assunção - que não era um dogma na Idade Média - ou Dormição. A base bíblica é encontrada em Cânticos 4,8, Salmos 44,11-12 e Apocalipse 12,1-7. O título de “Rainha do Céu” (ou Regina Coeli) dado a Maria, remonta, no mínimo, ao século XII.

A origem das coroações  (Paróquia São José de Bicas - MG)

Segundo o Padre Cássio Barbosa de Castro, Mestre em História da Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, a tradição é antiga em nossa Igreja. Começou no século XIII, no ano de 1280:

“Na Europa, é no mês de maio que são colhidos os frutos da terra e as flores do campo são cheias de cores e de perfumes. E isto remete a Maria, que é considerada a flor mais bela no Carmelo”.

A tradição chegou ao Brasil através dos portugueses. Desde então, devotos realizam coroações da imagem de Nossa Senhora durante este mês. Padre Cássio explica que a tradição se solidificou no século XIV, em Paris:

“A figura de Maria ganhou destaque em Paris. A Mãe de Deus era simbolizada como uma flor adornada de joias, então, surgiram as coroações. Foi São Felipe Neri que começou a dedicar o mês de maio a Maria fazendo a ela homenagens com flores”, explica.

Para Padre Cássio, as homenagens são uma forma de devoção: “Maria é a Mãe de Deus! Celebrar o Mês de Maria é devotar o nosso amor à Mãe de Deus e à nossa Mãe. O que forma o catolicismo é a Eucaristia, Maria e o Papa. Devotar um mês a Maria é dizer que Maria é também nossa Mãe e companheira de caminhada. Coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhecemos como Rainha”, destaca.

Na Igreja Jesus Eucaristia

As comemorações começaram com um terço conduzido pelo movimento Terço dos Homens Nossa Senhora de Fátima.

Na sequência participamos da Santa Missa presidida por Mons. Gustavo José Cruz Auler auxiliado pelo Diác. Hélio Pereira Machado Júnior. Ao final da missa as crianças da catequese encenaram a Coroação de Nossa Senhora de Fátima.

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