Sábado de Aleluia
Durante o Sábado Santo a Igreja
permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e morte, sua
descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição. O
altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o
dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória.
Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da
ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de
solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está
calado.
Sábado é o dia em que experimentamos
o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade,
cairíamos no desalento: “nós o experimentávamos…”, diziam os discípulos de
Emaús.
Mas não é um dia vazio em que “não
acontece nada”; nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta:
Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que
pode ir uma pessoa. E junto a Ele, assim como sua Mãe Maria, está a Igreja, a
esposa; calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal.
Vigília Pascal
A celebração é no sábado à noite, é
uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiquíssima tradição judaica (Ex.
12,42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12,35s),
tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam seu Senhor quando chega, para
que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.
A Vigília Pascal se desenvolve na
seguinte ordem:
Preparação do Círio
Mediante este rito singelo a Igreja reconhece a dignidade da criação que o Senhor resgata. O fogo novo é abençoado, depois, toma-se parte do carvão abençoado e coloca-se no turíbulo.
Na sequência, ao gravar no Círio as letras gregas Alfa e Ômega e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: “Cristo ontem e hoje, / Princípio e Fim, / Alfa / e Ômega. / A Ele o tempo / e a eternidade, / a glória e o poder / pelos séculos sem fim. Todos: Amém”. O celebrante termina acendendo o Círio com o fogo novo, dizendo: “A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente”.
Após acender o Círio que representa Cristo, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém-aceso, se escuta cantar três vezes: “Eis a Luz de Cristo”, e todos respondem: “Demos graças a Deus”.
Em seguida é proclamada a grande Ação de Graças. Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema.
Liturgia da Palavra
Nos apresenta uma série de leituras
bíblicas, que nos narram etapas importantes da História da Salvação, para
depois se concentrar no Mistério de Cristo.
A melhor explicação para essa parte
é a que nos deu o próprio Cristo quando fala aos discípulos de Emaús: “E
começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele
se achava dito em todas as Escrituras.” (Lc 24,27)
Após as leituras, a exclamação:
“Cristo ressuscitou!” Canta-se o “Glória”.
Ouvimos então a leitura da Carta de
São Paulo aos romanos, o Evangelho (Mc 16,1-7) e Homilia.
Liturgia Batismal
É abençoada a água que é símbolo da
vida nova recebida no batismo. São chamados os catecúmenos (não batizados), que
são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por
seus pais e padrinhos. Faz-se então a renovação dos compromissos batismais por
todos e o celebrante faz a aspersão com a água abençoada em todos os presentes,
como recordação do batismo.
Liturgia Eucarística
A celebração Eucarística é o ápice
da Noite Pascal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do
Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz
participar do Seu Corpo e do Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa.
Toda a celebração da Vigília Pascal
é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de
anoitecer, ou se termine à aurora do Domingo.
A missa, ainda que se celebre antes
da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam
desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
A Solene Celebração da Vigília
Pascal na nossa Igreja teve início às 20h com bênção do fogo e do Círio Pascal
na frente da antiga capela e foi presidida pelo Padre Glauberto Oliveira auxiliado pelo Diácono Hélio Júnior. Na sequência,
procissão silenciosa pela rua até a quadra, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
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