Quinta-feira Santa, Quinta-feira de
Endoenças ou Grande e Sagrada Quinta-feira é a quinta-feira que antecede a
celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quinto dia da Semana Santa no
cristianismo ocidental e o sexto no cristianismo oriental (que conta também o
Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É neste dia que se celebra o
lava-pés e a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos segundo o relato dos
evangelhos sinóticos.
A liturgia utilizada na noite da
Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e dá início ao chamado Tríduo Pascal, o
período que relembra a paixão, morte e ressurreição de Cristo e inclui a
Sexta-feira Santa e o Sábado de Aleluia.
Nas Igrejas Catedrais de todo o
mundo, em cada Diocese, os Bispos celebram a Santa Missa com todos os padres
(chamada de Missa do Crisma), onde são abençoados os óleos que serão usados
durante o ano; o óleo para o Sacramento da Unção dos Enfermos, o óleo dos
Catecúmenos usado para ungir os que serão batizados e o óleo do Crisma que será
usado para ungir as mãos dos Sacerdotes que serão ordenados naquele ano e a
testa dos jovens a serem crismados.
A missa nas paróquias neste dia é
geralmente celebrada no final da tarde, o início da sexta-feira de acordo com a
tradição judaica, e relembra o fato de a Última Ceia ter sido uma refeição da
Páscoa judaica (“Sêder” para os judeus).
É a última Missa a ser celebrada
antes do Sábado de Aleluia. Algo profundamente significativo nesta liturgia,
pois celebramos a “Santa Ceia”, onde Nosso Senhor instituiu a Eucaristia (Mt
26,26-29; Mc 14,22-25; Lc 22,14-20). No momento da Consagração acontece a
Transubstanciação, onde o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o Corpo e o
Sangue de Cristo.
No Evangelho de São João não temos essa
narrativa, mas sim a consequência dela, que é o serviço ao próximo, o Lava Pés (Jo
13,1-17), também relembrado durante a celebração. Nessa noite da Ceia Pascal, o
Senhor lavou os pés dos discípulos; fez esse gesto marcante, que era realizado
pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o primeiro”, e que
o cristão deve ter como meta servir e não ser servido.
A celebração desta noite é diferente
de todas as outras, pois não se concluirá com a bênção final. Este é um dos
sinais de que ela não se encerra, pois continuará na celebração com a Ação
Litúrgica da Paixão na sexta-feira e na Vigília Pascal no sábado, quando então celebraremos
a Ressurreição de Jesus.
A Reserva Eucarística é transladada
solenemente e guardada em um lugar à parte, para ser usada na Sexta-feira
Santa; e o altar é desnudado simbolizando a denudação de Cristo antes de sua
crucifixão.
Na Igreja Jesus Eucaristia a Santa
Missa foi presidida por Mons. Gustavo José Auler, concelebrada por Pe. Marcos
Antônio de Santana, auxiliados pelo Diác. Hélio
Júnior.
Clique na imagem para ver as fotos.