quinta-feira, 29 de março de 2018

Quinta-feira Santa - Ceia do Senhor - Lava Pés



     Quinta-feira Santa, Quinta-feira de Endoenças ou Grande e Sagrada Quinta-feira é a quinta-feira que antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É o quinto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sexto no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É neste dia que se celebra o lava-pés e a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos segundo o relato dos evangelhos sinóticos.
   A liturgia utilizada na noite da Quinta-feira Santa encerra a Quaresma e dá início ao chamado Tríduo Pascal, o período que relembra a paixão, morte e ressurreição de Cristo e inclui a Sexta-feira Santa e o Sábado de Aleluia.
     Nas Igrejas Catedrais de todo o mundo, em cada Diocese, os Bispos celebram a Santa Missa com todos os padres (chamada de Missa do Crisma), onde são abençoados os óleos que serão usados durante o ano; o óleo para o Sacramento da Unção dos Enfermos, o óleo dos Catecúmenos usado para ungir os que serão batizados e o óleo do Crisma que será usado para ungir as mãos dos Sacerdotes que serão ordenados naquele ano e a testa dos jovens a serem crismados.
     A missa nas paróquias neste dia é geralmente celebrada no final da tarde, o início da sexta-feira de acordo com a tradição judaica, e relembra o fato de a Última Ceia ter sido uma refeição da Páscoa judaica (“Sêder” para os judeus).
   É a última Missa a ser celebrada antes do Sábado de Aleluia. Algo profundamente significativo nesta liturgia, pois celebramos a “Santa Ceia”, onde Nosso Senhor instituiu a Eucaristia (Mt 26,26-29; Mc 14,22-25; Lc 22,14-20). No momento da Consagração acontece a Transubstanciação, onde o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Cristo.
     No Evangelho de São João não temos essa narrativa, mas sim a consequência dela, que é o serviço ao próximo, o Lava Pés (Jo 13,1-17), também relembrado durante a celebração. Nessa noite da Ceia Pascal, o Senhor lavou os pés dos discípulos; fez esse gesto marcante, que era realizado pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o primeiro”, e que o cristão deve ter como meta servir e não ser servido.
     A celebração desta noite é diferente de todas as outras, pois não se concluirá com a bênção final. Este é um dos sinais de que ela não se encerra, pois continuará na celebração com a Ação Litúrgica da Paixão na sexta-feira e na Vigília Pascal no sábado, quando então celebraremos a Ressurreição de Jesus.
     A Reserva Eucarística é transladada solenemente e guardada em um lugar à parte, para ser usada na Sexta-feira Santa; e o altar é desnudado simbolizando a denudação de Cristo antes de sua crucifixão.
   Na Igreja Jesus Eucaristia a Santa Missa foi presidida por Mons. Gustavo José Auler, concelebrada por Pe. Marcos Antônio de Santana, auxiliados pelo Diác. Hélio Júnior.

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